O perfil do aluno formado pela Escola de Humanidades deve contemplar contribuições para o desenvolvimento pessoal e profissional, pautado em referenciais humanísticos que fomentam a formação ética, cidadã, crítica e integral dos estudantes da PUCRS, com base em:

• Reflexão ética sobre a condição humana;
• Humanitas como ser integral;
• Conceito de diálogo/afeto como possibilidade de mediação;
• Concepção de pessoa e profissional que atuará com a diversidade de segmentos sociais;
• Racionalidade entre prática e teoria, enquanto ser humano que se pensa a partir do outro;
• Fundamentos do cuidado do ser humano;

   Nesse sentido, a Escola de Humanidades busca formar profissionais críticos, que tenham incorporado os valores Maristas, da profissão a que estão vinculados e o compromisso com a sociedade. A formação dos profissionais é direcionada para a construção da centralidade dos valores e princípios que defendem a condição humana, pressupondo os mais variados conhecimentos, habilidades, atitudes, postura, ética, na defesa da liberdade, da inclusão, dos direitos, do respeito à vida em todos os sentidos.

   Os pressupostos de base para construção deste perfil estão pautados em referenciais dos fundamentos da Escola de Humanidades:

• Concepção do que é a identidade do ser humano;
• Reflexão ética sobre a condição humana;
• Opção em ter o humanitas como objeto de estudo;
• Conceito do diálogo como possibilidade de mediação;
• Racionalidade entre a teoria e a prática.

   Estes pressupostos, por sua vez, fomentam a caminhada do estudante em busca da sua formação, onde os percursos formativos constituem-se como o grande horizonte a ser buscado.

   Neste sentido, pensar o perfil a partir da modalidade dos percursos formativos, traduz-se no entendimento de que o estudante diplomado por qualquer um dos cursos que compõem a estrutura organizacional da Escola de Humanidades tem a sua base numa  formação dialogada com todas  as   áreas  da  Escola. A inter-relação dos cursos se dá de forma articulada, buscando a complementaridade do conhecimento.

   A Escola de Humanidades constitui-se como referência epistemológica, possibilitando que cada curso construa o perfil profissional a partir do seu projeto ético político, de sua identidade e de sua proposta de formação, alinhada aos pressupostos e centralidade na formação humanística, ética, crítica e integral.

   Tendo os pressupostos de formação da Escola de Humanidades como referência, o Curso de Filosofia visa formar profissionais capazes de atuar no Ensino Fundamental e Médio e, ao mesmo tempo, atender à crescente demanda do mercado por docentes de Filosofia, capazes de trabalhar em projetos interdisciplinares. O professor de Filosofia participa contribuindo com o olhar específico da área, com sólida formação em História da Filosofia e nas principais disciplinas filosóficas.

Os candidatos aos cursos da PUCRS podem valer-se das seguintes modalidades de acesso: Concurso Vestibular, Vestibular Complementar, Transferência, Ingresso mediante diploma de curso superior ou PROUNI. Existe, também, a possibilidade de ingresso como estudante-convênio, dentro do limite de vagas estabelecido no respectivo convênio. A mudança de curso por reopção poderá ser solicitada pelo aluno mediante oferta prevista em edital, e poderá ser concedida, na existência de vaga, pelo Coordenador do curso a que está vinculado o curso pretendido.

VEJA AQUI MAIS INFORMAÇÕES SOBRE AS FORMAS DE ACESSO AO CURSO

De acordo com o Regimento Geral da PUCRS, o sistema de avaliação define-se conforme descrito abaixo:

Art. 78 – O aproveitamento escolar semestral do aluno em uma disciplina, denominado G1, é expresso por um grau de 0 (zero) a 10,0 (dez), com uma casa decimal.

• 1º – A forma de obtenção do grau G1 é definida no Projeto Pedagógico do Curso e no plano de ensino de cada disciplina.
• 2º – O grau G1 é expressão da aprendizagem obtida por meio de instrumentos e procedimentos como um conjunto de verificações, exercícios, trabalhos teórico-práticos, projetos e/ou atividades, relatórios, de acordo com as peculiaridades da disciplina.
• 3º – O docente responsável pela disciplina deve apresentar aos alunos, no primeiro dia de atividades letivas de cada semestre os critérios e as modalidades de instrumentos de avaliação e a forma de cálculo para obtenção do grau G1, juntamente com o cronograma da disciplina.
• 4º – Os critérios de avaliação e a forma de cálculo de obtenção do grau G1 não podem ser alterados durante o semestre.

Art. 79 – O aluno está aprovado na disciplina quando obtém grau G1 igual ou superior a 7,0 (sete) e frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) da carga horária total da disciplina.

Parágrafo único – O resultado do grau G1 deve ser divulgado para os alunos no prazo de até 2 (dois) dias úteis após a última aula da disciplina, prevista no calendário acadêmico da Universidade.

Os Estágios Supervisionados da Licenciatura em Filosofia se efetivam através do acordo institucional entre a PUCRS e a Secretaria Estadual de Educação do Estado do Rio Grande do Sul.  

O Estágio Supervisionado inicia no quinto semestre no currículo aqui proposto e percorre 4 disciplinas até o final do curso, todas de 2 créditos, num total de 8 créditos, ou 120h de aulas dedicadas ao estudo da metodologia, ao planejamento e a atividades de observação e pesquisa em ambientes de aprendizagem diversos. As demais 280h de estágio são integralizadas pela execução supervisionada da prática docente nos campos de estágio. Assim, esta proposta de revisão curricular mantém a divisão do módulo de Estágio Supervisionado em duas etapas, mas agora adere a um Projeto maior, Interdisciplinar. 

A primeira etapa é constituída pelo conjunto de atividades vinculadas às disciplinas de Estágio Interdisciplinar I e II, dos níveis V e VI, respectivamente, envolvendo os cursos de Licenciatura da PUCRS. Para tanto, é intensificado o contato e a adaptação do licenciando com o ambiente escolar, de modo a permitir que desenvolva: (a) a capacidade de descrever apropriadamente os fatos e as situações observadas, identificando comportamentos, métodos e instrumentos de ação didático-pedagógica, bem como seus conteúdos, objetivos e resultados; (b) a capacidade de avaliar e problematizar os mesmos fatos e situações, identificando o que teve sucesso e o que oferece dificuldades; e (c) a capacidade de pesquisar soluções para as dificuldades que identificou, planejando objetivos, conteúdos, atividades e materiais que as enfrentem de modo apropriado.  

A segunda etapa é constituída pelas disciplinas específicas Estágio em Filosofia no Ensino Fundamental e Estágio em Filosofia no Ensino Médio, dos semestres VII e VIII, respectivamente. Na última etapa de sua formação profissional, o licenciando realiza, em diferentes situações de Estágio Supervisionado (em grupos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio) um trabalho de síntese de sua formação acadêmica e de capacitação profissional: deve desdobrar seus projetos de ensino em planejamento de unidades didáticas a serem aplicadas e avaliadas em turmas regulares a ele destinadas para regência na(s) escola(s) de estágio.  

As duas etapas de Estágio Supervisionado oferecem um conjunto amplo de experiências ao licenciando, incluindo atividades de observação, pesquisa, leituras orientadas, planejamento e desenvolvimento de sequências didáticas, seminários teóricos e de reflexão sobre a prática, análise, seleção e elaboração de materiais didáticos, microensino, avaliação das produções dos alunos e dos colegas. Todas essas atividades são desenvolvidas em sala de aula ou em horário extraclasse, grande parte junto às escolas, sob orientação e supervisão dos professores de Estágio Supervisionado, nos horários estipulados para esse fim.  

A experiência do Estágio, especialmente dos específicos, em sala de aula, oportuniza ao licenciando um contato direto com as diversas realidades dos alunos da educação básica. Nesse sentido, é fundamental o conhecimento prévio nas disciplinas do curso que contemplam conteúdos de Direitos Humanos, Relações Étnico-Raciais, Cultura Afro-Brasileira, além de situações mais específicas de estudantes com limitações físicas ou cognitivas, que exigem uma atenção especial, e que igualmente são trabalhadas em disciplinas como Libras e Educação Especial e Processos Inclusivos, entre outras. Esse conjunto de saberes propicia ao licenciando em Filosofia o desenvolvimento de um trabalho mais concatenado com a realidade da escola, permitindo a inclusão do alunado de forma mais efetiva e proporcionando-lhe uma formação integral, função primeira de um curso de formação de professores.