A conferência de abertura ocorreu na manhã desta sexta-feira, 6, no Teatro do prédio 40
Com o tema República, Democracia e Estado de Direito, a Escola de Direito da PUCRS recebeu a ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, nesta sexta-feira. Já nas dependências do prédio, foi recebida e manifestou alegria por estar na universidade: “Eu sou filha da PUC, então, me sinto em casa”, declarou a magistrada, que fez sua formação no Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Nas palavras do reitor, Ir. Evilázio Teixeira, “hoje foi um dia de extrema importância para PUCRS, dia de honraria, por receber a ministra às vésperas do Dia Internacional da Mulher. Ela que exerce uma grande liderança no judiciário brasileiro, já tendo presidido a Suprema Corte, reforçando o protagonismo feminino. Além da presença do representante do Tribunal de Justiça, desembargador Voltaire de Lima Moraes. São presenças que enfatizam o que buscamos de melhor para o nosso estudante, que é uma universidade de qualidade e excelência” .
A mesa de abertura foi composta pelo reitor, Ir. Evilázio Teixeira, o vice-reitor, Dr. Jaderson Costa da Costa; o decano da Escola de Direito, professor Fabrício Pozzebon; o coordenador do Programa de Pós-Graduação em Direito, professor Ingo Sarlet; o coordenador do Programa de Ciências Criminais, professor Nereu Giacomolli; o pró-reitor do Programa de Graduação e Educação Continuada, Ir. Manuir José Mentges; o pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários, Ir. Marcelo Bonhemberger; e o presidente do Tribunal de Justiça do Estado, docente licenciado da PUCRS, desembargador Voltaire de Lima Moraes.
Relacionando os conceitos República, Democracia e Estado de Direito a exemplos do dia a dia, a ministra reforçou o importante papel que profissionais, professores e estudantes da área do Direito têm na garantia de que eles realmente sejam colocados em prática no Brasil: “Isso não está longe de nenhum cidadão. Menos ainda de nós, do Direito, que temos o compromisso e a responsabilidade de fazer com que essas não sejam palavras soltas, mas sim nossa experiência em vida e compartilhada”, disse no início de sua fala.
Cármen destacou a democracia como uma escolha de modo de vida, lembrando que, assim como a constituição, mantê-la viva é um compromisso de todas as pessoas. Para a ministra, trata-se de um exercício de respeitar a liberdade e o pensamento dos outros, mesmo que seja diferente – algo considerado isso positivo na medida em que amplia horizontes e proporciona aprendizados: “A vida é dinâmica, plural. E é só a democracia que permite isso. Essa é uma experiência social, uma experiência de todo dia”.
Para a ministra, hoje há novos desafios em relação aos três conceitos como, por exemplo, as mídias digitais e a fácil e rápida disseminação de informações que elas permitem. Cármen defende que isso também faz parte da democracia, e que o caminho para novos desafios é pensar em novas soluções. “Esse Estado Democrático Republicano de Direito foi conquistado a duras penas pelas gerações que nos antecederam, e é compromisso de todos nós – se não conseguirmos deixar um país melhor – pelo menos deixar o testemunho de que lutamos para que isso acontecesse. Precisamos manter a fé no dia de hoje para garantir a esperança no dia de amanhã”, concluiu.