(Quarai, RS, 1905 – Porto Alegre, RS, 1967).
Foi pianista, professora, poeta, militante e presença de destaque na cena literária do Rio Grande do Sul. Formou-se em piano no Conservatório de Música (Instituto de Artes da UFRGS) e em 1930 entrou no magistério para lecionar canto. Em 1935, Lila Ripoll participou da Frente Intelectual do Partido Comunista, militou no Sindicato dos Metalúrgicos, onde fundou, inclusive, um Coral.
Sua estreia literária foi em 1938, com a publicação do livro De Mãos Postas. Em 1941, seu segundo livro de poemas, Céu Vazio, recebeu o Prêmio Olavo Bilac da Academia Brasileira de Letras. Ao longo de sua vida, Lila envolveu-se ativamente com a militância política e com a cena cultural do Rio Grande do Sul. Participou intensamente da Revista Horizonte, que tinha na sua equipe Carlos Scliar, Iberê Camargo, Vasco Padro entre outros. Em 1964, chegou a ser presa logo após o Golpe Militar. Destacam-se ainda em sua obra os livros Por quê?, Novos Poemas – prêmio Pablo Neruda da Paz em 1951 – e Primeiro de Maio, longo poema sobre o massacre do dia do trabalhador em Rio Grande. Escreveu a peça Um colar de vidro que em 1958 estreou no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, com a direção de Luiz Carlos Saroldi. Em seu acervo no Delfos, é possível encontrar livros e cópias de documentos.