A Livraria do Globo foi criada em Porto Alegre, RS, em 1883 pelos sócios Laudelino Pinheiro de Barcellos e Saturnino Alves Pinto. Este empreendimento foi o ponto de partida de uma série de empreendimentos literários que impactaram na vida cultural do Rio Grande do Sul e do Brasil ao longo do Século 20. Foi a partir da fundação da Livraria do Globo que surgiram a Editora Globo, que além de publicar diversos livros fundamentais ao longo de décadas, seria a responsável pelos veículos o Almanaque do Globo, Preto & Branco, A Novela, a Mistério Magazine, a Tricots de Paris, a Província de São Pedro e, muito especialmente, a popular Revista do Globo
Em 1898, a Livraria do Globo já realizava a publicação de livro por encomenda. As Edições da Livraria do Globo começam a operar regularmente a partir de 1928. Em 1936, Érico Veríssimo entra no planejamento editorial e surgem as coleções da editora dedicadas a livros policiais, romances de aventura, livros para a juventude, obras literárias consagradas, por exemplo, que trouxeram ao mercado brasileiro nomes como Agatha Christie, Somerset Maugham, Leon Tolstoi, Stendhal, Guy de Maupassant, William Shaskespeare, Henri Ibsen, Edgard Allan Poe e Marcel Proust.
Em 1929, foi lançada a Revista do Globo, que circulou de 5 de janeiro de 1929 até 17 de fevereiro de 1967. Pela redação e pela equipe de design gráfico da revista, passaram diversos intelectuais, escritores e artistas de relevo, firmando a revista como um polo irradiador das artes e da literatura. Os diretores da Revista do Globo foram Mansueto Bernardi, Octávio Tavares, Érico Veríssimo, Luiz Estrela, Justino Martins, Henrique D´Ávilla Bertaso e José Bertaso Filho. E entre as centenas de escritores e escritores que tiveram textos publicados na revista estão Carlos Drummond de Andrade, Humberto de Campos, Nelson Werneck Sodré, Ronald de Carvalho, Lila Ripoll, Erico Veríssimo e Augusto Meyer.
No acervo Fotográfico da Revista do Globo no Delfos, é possível encontrar fotografias, periódicos da Revista do Globo e livros.