O estudo “Pobreza infantil no Rio Grande do Sul entre 2012 e 2022” tem como objetivo principal mensurar as taxas de pobreza e extrema pobreza entre indivíduos de zero a seis anos de idade – chamada primeira infância. Para tanto, se utilizam dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (PNADc), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo trabalha com as linhas de US$6,85 PPC para pobreza e US$2,15 PPC para a extrema pobreza, assim como definidas pelo Banco Mundial. Em valores mensais de 2022, a linha de pobreza é de aproximadamente R$636 per capita e a linha de extrema pobreza é de aproximadamente R$199 per capita. Crianças que vivem em domicílios com renda per capita abaixo desses valores estão em situação de pobreza e/ou de pobreza extrema. Os resultados mostram que, em 2022, a população com 6 anos ou mais no Rio Grande do Sul enfrentava uma taxa de pobreza de 15,9%. Para as crianças de até 6 anos, no entanto, esta taxa era praticamente o dobro, alcançando 30,2%. No caso da pobreza extrema, para aqueles acima de 6 anos a taxa era de 2,5%, enquanto para as acrianças menores o patamar ficava em 4,7%. Em termos absolutos, em 2022 havia 244 mil crianças pobres e 37,9 mil em extrema pobreza.