PUCRS exibe bate-papos da 13ª edição do FestiPoa Literária
Após ter sido suspenso no ano de 2020 por conta da pandemia, festival volta a ser exibido no modelo online
Jeferson Tenório e Antônio Pitanga / Fotos: Carlos Macedo e Divulgação.
A 13ª edição do FestiPoa Literária acontece entre os dias 13 e 17 de maio e será a primeira edição realizada totalmente no modelo online, através do Canal do YouTube e redes sociais do evento. A PUCRS, como apoiadora do festival, promove dois bate-papos que serão transmitidos no Canal da PUCRS no YouTube nos dias 15 e 16 às 20h, com a participação de Antônio Pitanga e Jeferson Tenório em uma conversa sobre “Personagens na Literatura e no Cinema”, e Sérgio Vaz e Criolo na mesa “Literatura, pão e poesia” – respectivamente. O restante da programação você encontra no Facebook e Instagram do evento.
Criolo e Sérgio Vaz / Foto: Tino Monetti e Jairo Goldflus
Nesta edição, busca-se destacar a trajetória e a obra dos autores homenageados, que são Ana Maria Gonçalves e Sérgio Vaz, além de abordar outros temas como o caráter político da arte diante da pandemia, racismo, feminismo e a coletividade artística como força para enfrentar os retrocessos políticos, culturais e sociais do Brasil atualmente. No mais, cerca de outros 50 autores e artistas como Itamar Vieira Júnior, Teresa Cristina, Conceição Evaristo, Letrux, Ricardo Aleixo, Luedji Luna, Angélica Freitas e Paulo Lins estão confirmados para bate-papos, saraus e oficinas da programação.
A FestiPoa Literária oferece todo ano, de forma gratuita, debates, encontros de leitura, cursos, oficinas, saraus, filmes e performances. São realizadas inúmeras atividades com o propósito de democratizar o acesso à literatura e à arte, além de trabalhar em prol da formação de leitores. Ao longo de 13 anos, o festival já homenageou autores como Conceição Evaristo, Laerte Coutinho, Luis Fernando Verissimo, Sergio Faraco, Vitor Ramil, Marcelino Freire, Sueli Carneiro e João Gilberto Noll, entre outros.
Conheça os autores homenageados desta edição
Ana Maria Gonçalves é publicitária e escritora. Dedica-se à literatura e ao universo cultural da diáspora africana nas Américas. Escreveu Ao lado e à margem do que sentes por mim (2002) e Um defeito de cor (2006), eleito melhor romance do ano pelo Prêmio Casa de Las Américas 2006. Já publicou em Portugal, Itália e nos EUA, onde ministrou cursos e palestras sobre relações raciais e fez residência em universidades como Tulane, Stanford e Middlebury. Denunciou o racismo existente na obra As caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato, através da publicação de diversos artigos sobre o tema. Atualmente Ana Maria reside em São Paulo, onde escreve também para teatro, cinema e televisão.
Sérgio Vaz é autor de oito livros em mais de 30 anos de poesia – Subindo a ladeira mora a noite (1988), A margem do vento (1991), Pensamentos vadios, (1994), A poesia dos deuses inferiores (2005), Colecionador de Pedras (2007), Cooperifa Antropofagia Periférica (2008), Literatura pão e poesia (2011) e Flores de Alvenaria (2016). Fundou o Sarau da Cooperifa, movimento cultural que transformou um bar na periferia de São Paulo em centro cultural e que ajudou a deflagrar a literatura periférica. Em 2007, em parceria com vários coletivos da região, elaborou a Semana de Arte Moderna da Periferia. É autor do projeto “Poesia Contra Violência” que percorre as escolas públicas da região promovendo recitais e bate-papos sobre poesia e incentivo à leitura. Em 1998, o poeta já frequentava as escolas da região de Taboão da Serra para declamar sua poesia. Poeta da periferia, como é conhecido e homenageado, Vaz carrega seu nome em três academias estudantil de letras, tem poemas publicados em livros didáticos e em apostilas de cursinhos populares. Eleito pela revista Época em 2009 um dos 100 brasileiros mais importantes do país. Foi homenageado e premiado inúmeras vezes por seu trabalho. No ano de 2020, devido ao período de pandemia, o poeta também se dedicou a fazer lives e participar virtualmente de bate-papos, palestras e entrevistas.