Cultura no acolhimento de pessoas desabrigadas pelas enchentes
Ações culturais fizeram parte da rotina dos abrigados da Universidade
Orquestra Jovem do Theatro São Pedro / foto: Lucas Azevedo
A PUCRS mobilizou todos os seus esforços para ajudar e acolher pessoas em situação de vulnerabilidade em decorrência das enchentes no Rio Grande do Sul. Uma das iniciativas foi a transformação do Parque Esportivo da Universidade em abrigo temporário, do início de maio ao início de junho. Centenas de pessoas, incluindo famílias inteiras e animais de estimação foram acolhidos e receberam apoio de diversas equipes da Universidade. O Instituto de Cultura, em parceria com outros setores, voluntários e artistas, realizou dezenas de ações culturais para os abrigados.
Um dos projetos que entrou para a rotina de crianças e adultos acolhidos no abrigo foi a exibição de filmes de classificação indicativa livre. Todos os dias, de segunda a sábado, após o jantar, era montado telão para projeção de filmes, em sua maior parte, de animação, como Shrek, Divertida Mente, Up: Altas Aventuras, Kung Fu Panda e A Fantástica Fábrica de Chocolates. Também foi montada uma biblioteca com livros oriundos de doações que ficaram à disposição dos abrigados em tempo integral.
Artistas de diversos projetos musicais vieram ao abrigo para apresentações ao vivo. A primeira foi a Roda de Samba – Thiago Ribeiro & Amigos, que fez as pessoas cantarem e dançarem. O grupo cantou sucessos de Zeca Pagodinho e Grupo Revelação. Ao final, um dos abrigados, o senhor Luis Carlos, juntou-se ao grupo e cantou duas canções. Outra apresentação foi da Orquestra Jovem do Theatro São Pedro, um projeto de inclusão social através da música, apresentou-se com mais de 30 jovens músicos. A Oficina de Choro, apoiada pelo Instituto Ling, também esteve no abrigo com seus 35 integrantes para uma apresentação instrumental acústica de música brasileira e chorinho. E, ainda, a Banda de Música da Brigada Militar passou pelo abrigo trazendo música e leveza para os abrigados.
Conforme comenta o diretor do Instituto de Cultura, Ricardo Barberena, sobre essas iniciativas:
“A intenção é que a arte seja um pouco de respiro, uma possibilidade de descompressão. Afinal de contas, a arte existe para que a realidade não nos destrua. Eu realmente acredito que a cultura dá um pouco de sentido dentro do absurdo que vivemos. Ver eles sorrindo quanto está passando um filme, na roda de samba, vale muito, é uma pequena fuga, um suspiro de felicidade”, diz Barberena.
Visita do Inter no abrigo
Desenho de uma das crianças
Orquestra Jovem do Theatro São Pedro
Visita do Inter no abrigo
Sessão de cinema no abrigo
Roda de samba
Apresentação da Banda do Colégio Militar