Pesquisa mostra como o jovem porto-alegrense vê a globalização

Estudo foi realizado por estudantes de Publicidade e Propaganda

24/09/2019 - 11h48
globalizacao,jovens

Foto: Bruno Todeschini

Como o jovem porto-alegrense percebe a globalização no seu dia a dia? Para responder a esta pergunta, alunos do curso de Publicidade e Propaganda, da Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS entrevistaram mais de 200 jovens de 18 a 32 anos. “Nós queríamos saber como a globalização afeta a vida desse jovem, como ele organiza esse processo, trazendo possibilidades de análise de suas ações frente à sociedade, tanto em nível municipal como global”, afirma o coordenador da pesquisa, professor Ilton Teitelbaum. Fizeram parte da pesquisa os alunos Daniel Gontijo, Guilherme Radaelli, José Roberto Viegas, Luise Schunemann, Mariana Sotilli, Murilo da Rosa e Renata Bernardes.

Os resultados mostram que este público tem prioridades cada vez mais coletivas: “Eles têm expectativa de um futuro cada vez mais colaborativo, socialmente engajado e com maior conectividade, mais oportunidades, igualdade e acesso às informações”, aponta Teitelbaum. Prova disso é que 97% dos entrevistados falam inglês e todos (100%) já viajaram ou querem viajar para o exterior. Dos que já viajaram, 72% foram a turismo. Na hora de escolher o local, a maioria leva em conta as experiências de amigos ou da família. Itália, Inglaterra, Canadá, Estados Unidos e Espanha são os destinos mais cobiçados pelos respondentes.

A pesquisa mostra, também, um aumento de 25% no número de estudantes que desejam cursar a graduação fora do País. A renda é fator decisivo: 90 % dos jovens da classe A já saíram do Brasil, e esse percentual chega a 72% na classe B. Em outras classes, o número cai para 50%. “Viajar é um ‘must’ desta geração, mas começa a ter muita força o viajar para estudar fora, até mesmo para fazer a graduação” afirma o professor.

Vínculo com a família é fator decisivo para retorno

O vínculo com a família ainda é o principal motivo para que esses jovens não queiram sair em definitivo do Brasil, o que faz com eles acreditem que a estadia ideal no exterior dure até um ano. O retorno ocorre após adquirirem mais experiência ou segurança, seja financeira, profissional ou familiar.

Motivos para a saída permanente do País

Quando o assunto é a saída definitiva do Brasil, a busca por oportunidades profissionais e a situação política são as principais causas apontadas. As motivações políticas também levam a 73% dos respondentes LGBTQI+ desejarem ir para o exterior.

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