Venha entender mais sobre essa técnica que pode ser utilizada para diversas finalidades desde a produção de desenhos animados até conteúdos para as redes sociais.
Quando interagimos com o público, uma das preocupações que devemos ter em mente é com a comunicação. Afinal, queremos que a mensagem interpretada pelas pessoas esteja alinhada com a intenção do que desejamos transmitir, de forma que elas possam compreender a forma que pensamos.
Para isso, recorremos ao Design Gráfico, responsável por empregar elementos visuais e textuais criativamente, com o intuito de comunicar mensagens de forma envolvente e transparente. É uma presença constante em nosso cotidiano que permeia diferentes áreas, desde a identidade visual de uma marca expressa por um logotipo, até a esfera publicitária por meio de folhetos, passando pela construção de livros no âmbito editorial e alcançando as redes sociais por meio de postagens.
Os designers gráficos desempenham um papel crucial na nossa vida cotidiana, pois utilizam diversas técnicas, como o uso de cores, tipografia, seleção de imagens e gráficos para a produção de projetos que representem uma determinada empresa, estando sempre em colaboração com o cliente, respeitando o conceito e a ideia da marca.
Um dos trabalhos mais famosos de Design que podemos citar como exemplo é o logotipo do Google, criado pela brasileira Ruth Kedar, usado de 1999 até 2015. As letras coloridas, de uma das maiores marcas mundiais, continuam sendo utilizadas até hoje, ainda que pequenas alterações tenham sido feitas no logotipo ao longo dos anos por outros profissionais.
Em 2021, o estúdio de Design ulah lah, localizado em duas cidades de Portugal, destacou a brasileira Ruth Kedar como uma das seis mulheres importantes na história do design. Além disso, o Google Store escreveu um artigo que conta o processo criativo do logotipo em que mostra as primeiras versões até chegar na que foi aprovada.
A área do Design está constantemente em busca de inovação, explorando novas maneiras de expressão que cativem e atraem o público. Nesse contexto, surge o Motion Design, que pode ser entendido como “design de movimento”.
O termo parece ser recente, mas a técnica é utilizada no mercado desde o início da indústria cinematográfica em aberturas de filmes e programas de televisão. O Motion Design tem se mostrado eficiente quando se trata de experiências imersivas e impactantes, sendo bastante utilizado em conteúdos de entretenimento e publicitários.
A jornada do Motion Design, até os dias de hoje, é marcada por uma notável evolução técnica, originada de uma era em que a manipulação manual de imagens era predominante. Esse campo avançou consideravelmente, adotando e adaptando-se a programas altamente sofisticados, como o amplamente utilizado After Effects. Essa transição técnica evidencia a transformação do Motion Design, que evoluiu de práticas manuais para a utilização de ferramentas digitais de ponta, possibilitando a criação de obras complexas e impactantes vistas atualmente.
O profissional de design gráfico é um comunicador que pensa na criação de conceitos visuais e executa as artes em projetos que podem ser feitos para o meio impresso, digital ou ambos. É responsável pela identidade visual da empresa ou marca, de forma que utiliza imagens estáticas. Sua execução engloba produção de banners, cartazes, cartões de visitas, adesivos, folders, flyers, artes para redes sociais, entre outras possibilidades.
O profissional de Motion Design utiliza efeitos visuais, animação de ilustração, e se enquadra por criar artes gráficas. A diferença é que suas artes são transformadas em movimentos, de forma dinâmicae, frequentemente, são utilizados em vídeos, vinhetas, animações gráficas para internet, entre outras opções.
Uma das semelhanças entre os dois é que ambos lidam com linha, forma, cor, textura, tipo, espaço e imagem.
Como visto anteriormente, o Motion Design oferece diversas vantagens ao criar artes visuais verdadeiramente dinâmicas, capazes de uma comunicação visual eficiente, rápida e atrativa. Seu principal propósito é envolver o público, mantendo seu interesse. Esse recurso se destaca significativamente nas redes sociais e se torna um diferencial crucial para as estratégias de publicidade de diversas marcas.
Assim como o Design, a área de Motion Design é recente para grande parte da população. Entretanto, é um segmento que está crescendo e ganhando força, justamente porque profissionais com esta competência estão sendo procurados e requisitados no mercado de trabalho.
O professor Guilherme Parolin, da escola de Comunicação, Artes e Design – FAMECOS -, afirma que este é o momento mais importante para quem deseja ingressar na área, pois as empresas estão com altas demandas de projetos que necessitam de motion e não possuem os números de profissionais qualificados para tais projetos. Ele também menciona que uma das áreas que está em ascensão é o segmento dos vídeogames.
Em compensação, o professor alerta que o profissional ser efetivo naquilo que faz não é o suficiente, pois é preciso explicar para as pessoas o que faz e porquê precisa de um profissional de motion design.
É importante utilizar redes sociais como forma de divulgar o trabalho, para que assim, a conversão de vendas aconteça. O cliente precisa saber sobre a função da profissão e uma forma de esclarecer as dúvidas é na internet, ambiente interativo em que ele pode te encontrar mais fácil caso esteja interessado em contratar o profissional.
O professor Guilherme Parolin aconselha os profissionais da Indústria Criativa a procurar referências em diferentes áreas do conhecimento: “Repertórios! Busque absorver o máximo de referências que puder”. Ou seja, quando o seu cérebro está repleto de referências você aprende mais fácil, o que aumenta a sua chance de se destacar profissionalmente.
O conhecimento das ferramentas utilizadas, como o After Effects, é indispensável. Trata-se de um programa do Adobe que ajuda na produção de vídeos e de imagens em movimento. Guilherme Parolin acrescenta: “a transição técnica evidencia a transformação do Motion Design, que evoluiu de práticas manuais para a utilização de ferramentas digitais de ponta, possibilitando a criação de obras complexas e importantes vistas atualmente”.
Fazer cursos, ler livros, participar de palestras e procurar novas formas de aprender são essenciais para se desenvolver como profissional, pois há uma maior capacitação e se adquire mais experiência, além de conhecimento.
Conforme exposto, vimos que o design se destaca pela criatividade, através dela, podemos criar, inovar e imaginar infinitas possibilidades. Apesar de ser um pensamento comum, a criatividade não é um talento nato, mas sim uma habilidade que adquirimos e nunca deixamos de aperfeiçoar através de muitos estudos e esforços.
(Camila Naegelen, estagiária do Hub da Indústria Criativa, Famecos, PUCRS e Iasmim Nashe, estagiária voluntária do Hub da Indústria Criativa, Famecos, PUCRS).