Exigências de talento e de técnica tornam desafiadora a área que cresce em ritmo exponencial
O tráfego de vídeos na internet representa hoje mais de 80% dos conteúdos compartilhados, conforme pesquisas desenvolvidas pelas principais plataformas digitais. Essa realidade, somada à força que a indústria criativa assume na economia, está exigindo novas habilidades e competências dos profissionais de ilustração. Assim como as pinturas rupestres nos contam histórias, as ilustrações gráficas e o motion design narram emoções, representatividade e até são aplicadas para posicionar marcas, produtos, serviços e causas.
A ampliação de oportunidades e usos do recurso de ilustração fortalece a necessidade mercadológica da qualificação dos profissionais de ilustração para além da criatividade. Criatividade, consistência e coerência, estilo estético e capacidade de trabalho são fundamentais para esse campo da indústria criativa. Segundo Stefan von der Heyde Fernandes, professor da Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos e doutor em Design pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), para ser ilustrador é preciso entender os aspectos da profissão como um todo.
“Qualidade técnica, profissionalismo e confiança são fundamentais para o profissional que trabalha com ilustração. Quando se tem uma organização e planejamento, você consegue entregar mais trabalho, com excelência. Assim, gerando mais valor monetário e, consequentemente, sabendo administrar o tempo de produção e de lazer”, afirma Stefan.
Como o mercado de ilustração tem diversas possibilidades – que vão desde desenhos digitais a murais de grafite – os profissionais de ilustração precisam entender esses nichos e descobrir com qual trabalhar, uma vez que a prática que se exerce no mercado não é necessariamente a mesma coisa que um Hobbie.
O diretor e artista do Estúdio Pé Grande, Felipe Galvão, acredita que com a inserção de novas tendências, como Inteligência Artificial (AI), o futuro é um pouco incerto. Mesmo com as novas tecnologias, ele se mantém positivo.
“O mercado tende se adequar. Assim como a gente teve a incorporação digital concorrendo com a animação tradicional, não existiu nenhuma exclusão da anterior. Eu acredito que a ilustração vai seguir, mas acho que irão aparecer novos players”, afirma Felipe.
Segundo o ilustrador, as possibilidades para trabalhar no ramo são quase infinitas. Embalagens, quadrinhos, curtas cinematográficos, retratos, entre outros, fazem parte do mercado de ilustração. Com esse leque de possibilidades, é preciso ter as aptidões certas. Felipe aponta as cinco competências principais do profissional de motion design:
O importante mesmo é organizar o talento por métodos e técnicas. É preciso encontrar maneiras de fomentar a criatividade, não deixando de lado as particularidades de cada um. Como Fayga Ostrower escreveu em Criatividade e Processos de Criação, o desenvolvimento intuitivo e de criação se interligam com o ser sensível do artista. A realização do trabalho é feita pela sensibilidade.
A Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, da PUCRS, está investindo na formação de profissionais para o mercado da ilustração, lançando uma especialização em Ilustração e Motion Design, com profissionais que se destacam no mercado e na academia. São professores, especialistas e artistas que vislumbram a indústria criativa como uma área de possibilidade para o crescimento profissional.
O curso será oferecido para todo Brasil, na modalidade on-line síncrona, pela plataforma Zoom com aulas a cada 15 dias. São 360 horas ofertadas pela pós-graduação, coordenada pelo professor e artista Stefan von der Heyde Fernandes, contando com 14 docentes. As aulas acontecem na sexta-feira das 19h15min às 22h30min e sábado das 8h às 16h30min. Até 29 de janeiro, a matrícula tem desconto de até 20%.
O período de matrículas vai até o dia 20/3. O processo seletivo é feito por meio de análise de currículo. E-mail para contato: [email protected]