Parceria entre o PPG da Escola de Negócios da PUCRS e a Paim Comunicação criará notícias para ajudar a comunidade
Gerar atitudes positivas: esse é o objetivo do novo hub de conteúdo do Labex – o Laboratório de Experiências do Consumidor –, liderado pelo Programa de Pós-Graduação em Administração da Escola de Negócios da PUCRS, em parceria com a Paim Comunicação. O projeto, que analisa as tendências do mercado virtual e as novidades dos modelos de negócio do mercado, desenvolverá em seu novo setor de comunicação uma série de conteúdos sobre ações para ajudar a comunidade a lidar com a pandemia da Covid-19.
Enquanto a mídia tradicional foca nas notícias do cotidiano sobre o novo coronavírus, como o número de mortes e os efeitos da crise – que são de interesse público –, o novo hub trará informações otimistas para tornar o cotidiano das pessoas melhor. “Apesar de todos os efeitos ruins desse período para a economia e para a sociedade, queremos dar esperança para as pessoas”, explica a professora e pesquisadora Frederike Mette, que também participa da criação da iniciativa.
Entre os conteúdos previstos estão temas sobre saúde e segurança, auxiliando na prevenção do contágio; entretenimento, focado em momentos de descontração para dar um break em toda confusão; e conveniência, com dicas de praticidade para facilitar a rotina cheia de imprevistos.
Os três pilares do projeto levam em consideração questões referentes aos aspectos sociais, humanos e econômicos da comunidade. Confira como cada um deles servirá de orientação para as atividades do hub:
Segundo a professora, todas as ações são pensadas a médio e longo prazo para que seja possível ter um impacto real na vida das pessoas. “A principal intenção é poder ajudar a população a lidar com esse novo mundo”, destaca.
Ao analisar dados do Google Trends – uma ferramenta que mostra os termos mais populares buscados recentemente –, entre os dias 16 de fevereiro e 18 de abril, o Portal R7 identificou um aumento de 100% na busca pela a combinação das palavras “notícias boas” e “coronavírus”.
A matéria mostra que a “dieta midiática”, como chama a estrategista digital e comunicadora Issaaf Karhawi, pode explicar o novo comportamento: “Estamos em um momento sensível e é compreensível que sejam adotadas leituras de escapismo para tentar lidar com tudo isso”.
“Queremos trazer um olhar de esperança. Buscamos entender o que as pessoas estão agregando nas suas vidas, quais aspectos positivos afloraram desse momento”, conta a coordenadora do projeto Stefânia Ordovás de Almeida, também professora e pesquisadora da Escola de Negócios.
Varejistas e profissionais da área serão entrevistados e participarão da concepção e do desenvolvimento do projeto, que poderá passar por adaptações, conforme as respostas e a evolução das pesquisas. Também serão incorporados estudos secundários para enriquecer planejamento.
Segundo Stefânia, os questionários serão divulgados de tempos em tempos, aproximadamente de 45 a 60 dias cada um, para conseguir acompanhar a evolução do comportamento e de como as pessoas estão se sentindo. Assim, as ações não ficariam obsoletas, mas se mantêm próximas da realidade do público.
“Outra contribuição importante é que podemos disponibilizar isso para ajudar o mercado a se recuperar pós-pandemia”, enfatiza a pesquisadora.
A popular frase “a esperança é a última que morre”, apesar de poder parecer insensível em meio ao contexto da pandemia, ilustra o sentimento de uma parcela significativa da população brasileira. É o que mostra a pesquisa Sentimento em relação ao Brasil, realizada pelo Instituto Datafolha no mês de maio de 2020.
Os participantes foram convidados a responder como se sentiam atualmente. Os resultados mostraram que “apesar do orgulho declarado pela maioria, a maior parte dos brasileiros também está pessimista, triste e desanimada com o País”.
Ainda que a pandemia seja a principal preocupação atualmente, ela não está diretamente ligada ao mau humor dos brasileiros e brasileiras, segundo o levantamento. “O brasileiro já esteve mais raivoso, pessimista, inseguro e desanimado, como mostram pesquisas anteriores sobre o mesmo tema. Em pesquisa realizada nas ruas do País em julho do ano passado, por exemplo, eram mais altos os sentimentos de raiva (52%), insegurança (73%) e medo maior do que esperança (53%). Os demais estavam em níveis similares aos atuais“, explica o estudo.
Da mesma forma que a pandemia trouxe debates importantes para a sociedade, os períodos de crise deixam marcas nas vidas das pessoas. Uma pesquisa feita pela Fundação Oswaldo Cruz, UFMG e Unicamp mostra que o Brasil pós-pandemia possa precisar lidar com problemas de renda afetada, alta da depressão e aumento do consumo de álcool e tabaco crescentes na população.
A comunidade é convidada a participar do projeto, com sugestões de pauta e de integração. Para enviar sua dica ou comentário, entre em contato pelo site do projeto.
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