Desbloquear o potencial criativo da sua equipe: estratégias práticas para impulsionar a inovação no ambiente corporativo.
Foto: Isabela Canal/Famecos/PUCRS
No mundo corporativo atual, as organizações inseridas no mercado estão sujeitas à
burocracia e aos processos massivos diários do trabalho.
Essa operacionalização dos serviços podem acabar acabar interferindo no processo criativo das empresas.
Para reverter essa situação, a criatividade ocupa um papel importante na busca de soluções inovadoras e originais que ultrapassem as limitações do âmbito empresarial.
Por isso, ela é tratada hoje no mundo corporativo como uma estratégia central para o
desenvolvimento e sucesso da empresa.
O professor Vinicius Mano, do curso de Publicidade e Propaganda da Escola de Comunicação, Artes e Design (FAMECOS), afirma que a cultura de ceder espaço para que as pessoas proponham projetos inovadores varia de empresa para empresa, pois os projetos podem ou não dar certo.
Para isso, as lideranças devem ser flexíveis ao erro, pois todo projeto está suscetível à falha. Portanto, gerar o estímulo à criação de projetos dentro da organização aumenta a chance de sucesso no crescimento da empresa, adotando, assim, uma real cultura da criatividade.
Vinícius Mano também acredita que o principal desafio das empresas é colocar isso em prática e fazer um investimento dentro da área, e que a criatividade não envolve apenas “criar um ambiente descontraído e dinâmico”.
Uma possiblidade para que as empresas cultivem essa cultura entre os funcionários é criar um laboratório formado por uma equipe de funcionários que pensem nessas possibilidades de mercado.
O processo criativo no cenário profissional ocorre por meio da qualidade dos nossos pensamentos, que direcionam nossas decisões.
Vinícius cita que a falta de limitação dos projetos (como prazos ou verbas) é o principal empecilho para o rendimento da criatividade. Essas definições auxiliam no direcionamento de um trabalho criativo, resultando em um projeto mais fácil e rentável.
O primeiro passo para ser criativo é definir o problema a ser resolvido e criar um direcionamento para ele, entendendo os limites desse projeto. O problema deve estar em evidência e o encarregado que irá resolvê-lo precisa estar disposto a isso.
O escritor Guy Aznar, estabelece a criatividade em uma relação entre o imaginário e a realidade.
Fonte: Aznar (2011, p. 17)
Para o autor, quando exercemos a criatividade, buscamos intermediar o imaginário e os limites que estabelecemos.
Ao colocar em prática novas ideias, o seu modelo sugere dois caminhos de partida, o imaginário (que nasce no irracional) e a realidade (que nasce no racional), ao juntarmos estes dois, forma-se uma ideia.
Segundo o artista Bruno Munari, a criatividade não significa improvisação, e afirma que o processo necessita de metodologia.
Ele reforça que o método deve nos estimular a descobrir cada vez mais coisas novas, sem ser algo definitivo e absoluto.
O autor defende a criatividade como síntese, exigindo muita originalidade.
A necessidade de um método é justificada através das inúmeras técnicas, processos e formas utilizadas no processo de criação.
Uma dessas técnicas é o Brainstorming, que consiste em compartilhar ideias para encontrar a solução de algum problema específico.
Vinícius Mano deu algumas dicas para a realização desse processo:
O professor cita que, para conceber um ambiente criativo, a iniciativa deve partir de toda a gestão da empresa. É necessário que os principais líderes decidam fazer esse investimento, para que todas as áreas colaborem no processo.
Estabelecer a cultura do feedback, incentivo do trabalho em equipe, reconhecer e valorizar culturas criativas e estimular opiniões diversas são outras formas de cultivar um ambiente criativo.
O sociólogo Domenico De Masi sugere que a equipe de trabalho seja composta por personalidades diversas. Salienta que, para produzir criatividade nas organizações, a mescla é mais efetiva nesse processo.
É a heterogeneidade do grupo que garante o contato entre pessoas com “os pés no chão” e pessoas “com a cabeça nas nuvens”.
O texto destaca a relevância da gestão da criatividade no ambiente corporativo, que enfrenta desafios como burocracia e processos massivos.
Enfatiza a importância de uma cultura empresarial que valorize a criatividade e estabeleça limites claros para projetos. Estratégias, como o Brainstorming, são apresentadas para aprimorar o processo criativo.
A conclusão destaca os benefícios financeiros e a melhoria da experiência global ao investir na criatividade empresarial.
