O projeto surge com o intuito de apresentar aos adolescentes as práticas das carreiras existentes na Escola de Comunicação, Artes e Design – Famecos, da PUCRS
Ações diárias mudam vidas. Por isso, a Famecos, em parceria com o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), desenvolve um programa para que professores da Escola compartilhem e ensinem práticas relacionadas à comunicação, artes e design com jovens – entre 13 e 17 anos – residentes de casas de acolhimento da capital gaúcha.
“Essas oficinas estão transformando a visão deles (dos jovens), com oportunidades de trabalho, de cultura. São momentos ricos de troca, de aprendizagem e de sonhos”, declara Cinara Vianna Dutra Braga, promotora de Justiça da Infância e Juventude de Porto Alegre.
O projeto nasce pela importância da difusão dos conhecimentos realizados na Escola, a fim de promover a inclusão desses jovens na vida universitária. “Proporcionar momentos de criatividade e aprendizado aos jovens em situação de vulnerabilidade colaboram para o desenvolvimento humano”, destaca Denise Pagnussatt, coordenadora do Curso de Comunicação Empresarial.
A parceria consiste em realizar oficinas para o público desses centros de apoio, cujas aulas serão produzidas a partir de conteúdos dos cursos da própria Escola, como: – Fotografia, com Eduardo Seidl, professor de fotografia, Autoconhecimento com Teoria Apreciativa, com a professora Cleusa Scroferneker, com apoio da doutoranda Francielle Falavigna, Vídeos Curtos e Mídias sociais, a professora Helena Stigger e Aquarela e expressão artística, com o professor Stefan von der Heyde. Os encontros acontecem sempre na última semana de cada mês, desde agosto.
As visitas se transformam em momentos de aprendizado. Os adolescentes são recebidos pela Escola e professores, utilizando os espaços e ferramentas do prédio, no período da tarde. Rosângela Florczak, decana da Famecos, comenta que os princípios Maristas são um dos guias nessa parceria.
“A Famecos é uma Escola da PUCRS, que é uma Universidade comprometida com o impacto social, tendo sempre o objetivo de apoiar a sociedade no seu desenvolvimento. É nossa obrigação estar ao lado das forças públicas para fazer a nossa parte, ou seja, estar presente em temas que envolvam a comunicação, as artes ou criando soluções pelo design. A contribuição é gerar um impacto social a partir das nossas áreas de conhecimento”, afirma Rosângela.
A primeira oficina ocorreu dia 25 de agosto, com Eduardo Seidl, professor de fotografia. Recebemos a visita de mais de 60 de adolescentes, das Instituições de acolhimento: Pão dos Pobres, João Paulo II, Fundação de Proteção Especial do Rio Grande do Sul (FPERS), Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC) e Calábria.
Seidl comenta que o projeto mostra como é importante dar oportunidade desses jovens acreditarem no futuro.“É legal encontrar esse pessoal cheio de energia, num momento importante de tomar decisões. São jovens que merecem ter oportunidade, para abrir os olhos e a percepção de que eles são livres e donos dos seus futuros”, relata Eduardo.
A última oficina realizada, 28 de setembro, contou com a presença de 15 adolescentes, das Instituições de acolhimento: Pão dos Pobres, Calábria, FPERS e Abrigo João Paulo II. A professora Cleusa Scroferneke ministrou a aula de Teoria Apreciativa para o público, abordando como eles se imaginam no futuro
Na última quinta-feira, 28 de setembro, foi realizada mais uma oficina da parceria. Na oportunidade, os participantes refletiram sobre os aspectos positivos das suas rotinas diária e escolar e discutiram em como torná-las melhores.
A dinâmica utilizada na atividade foi a Investigação Apreciativa, uma metodologia inclusiva, de construção coletiva, que convida a sonhar, imaginar e construir novas maneiras de viver, trabalhar e se relacionar, e contou com o acompanhamento da Profª Cleusa Maria Andrade Scroferneker e da Franciella Benett Falavigna, Doutoranda do PPGCOM da Escola, Assessora das Instâncias Corporatrivas e Canônicas Comunicação da Rede Marista.