Raio-X da internacionalização

Número de Instituições de Ensino Superior (IES) no Brasil, segundo Inep (2020): 2.608, sendo 2.306 privadas e detentoras de 75,8% das matrículas nos cursos de graduação

 

Sobre a internacionalização

Questionário aplicado pela Capes (2017) a todas as IES com programa de pós-graduação avaliados pela agência com nota de 3 a 7 no Brasil, mostrou:

Das 320 respondentes (correspondentes a 75% do total de recipientes do questionário), 70,3% caracterizaram seu processo de internacionalização como fraco ou moderado, e apenas oito instituições como intenso.

Em 71% das respondentes, inexistia um escritório internacional na estrutura do pós-graduação

Entre aquelas com processo de internacionalização pequeno ou moderado, 52,5% ainda não possuem um plano de internacionalização, sendo que 65% delas afirmam precisar de apoio de consultoria externa para a elaboração do plano.

Naquelas com processo de internacionalização intenso, 62% dizem possuir plano de internacionalização, enquanto 38% informaram precisar de consultoria externa para sua construção e implementação.

 

Sobre mobilidade estudantil

Dados referentes à mobilidade de estudantes brasileiros no exterior da Unesco (2021), mostram que essa é uma estratégia diferencial de carreira para estudantes provenientes de estratos econômicos médio-alto e alto.

No país, a taxa de mobilidade é de apenas 1,2% do total de estudantes em mobilidade acadêmica no mundo, percentual baixo na comparação internacional.

Segundo a OCDE (2019), apenas 3% dos estudantes da América Latina acessam oportunidades de mobilidade acadêmica no exterior.

Os alunos internacionais que procuram o Brasil para realizar a mobilidade acadêmica representam 0,4% do total de estudantes em mobilidade acadêmica no mundo, um total de 21.181 estudantes.

Em 2014, segundo a Capes, a maioria dos estudantes de pós-graduação estrangeiros no Brasil vinham de países em desenvolvimento – Colômbia, Peru, Argentina, Chile, Cuba e Moçambique), sendo 65% deles do sexo masculino.

 

Programas estratégicos do governo brasileiro para impulsionar a internacionalização

  • Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) (2011-2015)
  • Idiomas sem Fronteiras (IsF) (2012, atualmente denominado Rede Andifes IsF)
  • Programa Institucional de Internacionalização (PrInt) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) (2018 – 2022)

 

Cooperação Brasil-Austrália em internacionalização e pesquisa

Entre 2011 e 2017, o Programa Ciência Sem Fronteiras apoiou o estudo de aproximadamente 100 mil estudantes no exterior, sendo a Austrália o quinto destino mais popular.

Em  2001, de acordo com a base de dados Scopus, apenas 97 artigos científicos colaborativos haviam sido publicados por pesquisadores brasileiros e australianos, em 2020, esse número chegou a 2.423, um aumento de cerca de 25 vezes. Indicando uma  “descoberta” mútua entre pesquisadores desses países no período.

As áreas de medicina, física e astronomia, agricultura e ciências biológicas, bioquímica, genética e biologia molecular representam mais de 50% das publicações conjuntas entre os dois países.