1951 – Austrália desenha o seu “I Plano Colombo de Cooperação Econômica e Social” para o desenvolvimento do Sul e Sudeste Asiático. A internacionalização aparece como necessidade pelo número crescente de estudantes de outros países matriculados em universidades na Austrália.
Décadas de 60, 70 e 80 – Programas de mobilidade acadêmica e de intercâmbio de professores criados em todo mundo (inclusive na Austrália, no Brasil e na América Latina) e acabam sendo identificados como sinônimo de internacionalização do ensino superior.
1985 – Austrália abre sua economia e implementa reformas econômicas, fiscais e tributárias acompanhadas de taxa de matrícula nas universidades para alunos internacionais.
1989 – Governo da Austrália incentiva fusão entre faculdades e centros tecnológicos com o objetivo de agregar competências e formar universidades de grande porte para competir globalmente com instituições norte-americanas e europeias.
1992 – Criado na Austrália o Comitê de Garantia de Qualidade no Ensino Superior que começa a reunir informações sistematizadas sobre internacionalização nas universidades, embora ainda não como critério de avaliação
1994 – México adere ao NAFTA (Acordo de Livre Comércio da América do Norte) e inicia um trabalho de internacionalização da educação superior de olho em oportunidades de comércio trazidas pela entrada no bloco.
1995 – “serviços de educação superior” incluídos pela Organização Mundial do Comércio (OMC) no conjunto de itens constantes do General Agreement on Trade in Services (GATS), passando a ser tratado como item relevante da pauta comercial entre países.
1995 – Austrália cria “Matriz Nacional de Certificações” (Australian Qualification Framework) para organizar trajetórias formativas flexíveis entre níveis e tipos de certificação para alunos nacionais e internacionais.
2000 – Austrália cria lei para proteção dos direitos dos estudantes internacionais no país (Education Services for Overseas Students)
2005 – Austrália começa a pensar sobre como internacionalizar seu currículo como um todo, ampliando a abordagem do tema com uma visão mais sistêmica do perfil de todos os egressos das universidades.
2007 – México cria primeiras políticas de internacionalização muito voltadas ao aprendizado do inglês
2010-2011– Austrália inicia trabalho de engajamento ativo do corpo docente de diferentes disciplinas em 14 universidades para construção de uma abordagem de internacionalização da Educação Superior a partir do currículo. O trabalho chamado IOC in Action foi liderado pela pesquisadora da La Trobe University, Betty leask e identificou formas de apoiar o corpo docente num trabalho interdisciplinar de mudança do currículo. O projeto incluiu diálogos e cooperação internacional com o Reino Unido, Países Baixos, África do Sul e Estados Unidos.
2011 – Tem início o Programa Ciência sem Fronteiras no Brasil com o objetivo de desenvolvimento de áreas intensivas em tecnologia no país
2011 – México inicia um programa de atração de talentos de outros países em áreas intensivas em tecnologia com objetivo semelhante ao do Ciência Sem Fronteira
2012 – Tem início o Idiomas sem Fronteiras (IsF) no Brasil (atualmente denominado Rede Andifes IsF)
2013-2014 – Os pesquisadores australianos Craig Whitsed (Curtin University) e Wendy Green (Universidade da Tasmania) aprofundam o trabalho do IOC in Action e criam um arcabouço conceitual (framework) para o desenho de um currículo internacionalizado.
2014 – lançadoo “Novo Plano Colombo” na Austrália voltado à mobilidade de estudantes entre o país e países da Ásia e do Pacífico.
2015 – lançada“Estratégia Nacional de Educação Internacional” na Austrália com um plano de 10 anos para o país nessa área e diretrizes para as instituições
2016 – Pesquisadores de universidades latino-americanas do Brasil, Argentina, Colômbia e México começam a participar do movimento IOC in Action, por meio de pesquisas conjuntas e comunidades de prática, pensando na internacionalização do currículo como forma de ampliar o acesso a uma formação intercultural e global para todos os estudantes.
2018 – Tem início o Programa Institucional de Internacionalização (PrInt) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), no Brasil. PUCRS está entre as 36 instituições beneficiárias do PrInt, iniciando participação ativa no IOC Global.
2019 – Internacionalização da educação incluída como pauta da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em seus estudos sobre “Os Futuros da Educação”, no qual pensa a educação em 2050, e destaca o papel deste processo na construção de uma sociedade colaborativa, interconectada e planetária.
2019 – A Austrália torna-se o terceiro maior provedor mundial de educação superior, atendendo 9% dos estudantes internacionais do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido.
2020 – A pandemia do Covid-19 interrompe bruscamente os programas de mobilidade e intercâmbio acadêmico, forçando instituições do mundo inteiro a ampliarem ou diversificarem sua oferta educacional online. A Internacionalização em Casa (IaH, na sigla em inglês) ancorada em inovações no currículo e no uso de ferramentas digitais na educação ganham força na América Latina como alternativa mais democrática e de baixo custo para internacionalização da educação.
2020 – Inaugurado o Centro de Internacionalização da Educação Superior Brasil-Austrália na PUCRS com a realização de uma série de webinários.
2021 – Parceiros latino-americanos do IOC in Action, inclusive o Ciebraus, iniciam trabalho de revisão do arcabouço conceitual desenvolvido na Austrália para sua aplicação na região. Inauguram o IOC Latam como capítulo regional do movimento global a partir da Austrália.