O Centro de Ensino e Pesquisa em Contextos e Processos da Educação Básica (CEB) nasce da necessidade de organizar de forma coordenada um conjunto de iniciativas já existentes, de modo que possamos trabalhar com a referência da Educação Básica como ponto de partida e como horizonte. De acordo com as Diretrizes Curriculares, a Educação Básica compreende etapas (Educação infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio) e modalidades (Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial, Educação de Populações Indígenas, Quilombolas e Afrodescendentes, Educação de Crianças e Jovens em situação de Privação de Liberdade, entre outras).
Seguindo o disposto pela Pró-Reitoria de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento (Propesq), o CEB é um ambiente de integração de atividades de investigação científica que congrega um ou mais Laboratórios e/ou Núcleos e/ou Grupos, com pesquisadores e alunos, para desenvolver projetos de grande porte ou em cooperação com órgãos de governo, empresas públicas e privadas e institutos de pesquisa científica e tecnológica. O Centro de Pesquisa tem uma diretriz temática e assume o papel de posicionar a Universidade como referência na área relacionada. Sua atuação é preferencialmente multidisciplinar, envolvendo pesquisadores de diferentes Unidades Universitárias, como forma de qualificar os projetos pela complementaridade entre as áreas de conhecimento.
Na Escola de Humanidades trabalhamos a formação de professores e demais sujeitos que atuam na Educação Básica. Buscamos a interface de diferentes cursos (Licenciaturas, Lato Sensu e Extensão), projetos, grupos e núcleos que produzem pesquisas direta ou indiretamente voltadas para essa etapa da educação, em relação estreita com as redes de ensino, escolas, ONGs, museus e demais contextos adjacentes a essas etapas e modalidades da Educação.
Do ponto de vista das ações coordenadas pela EH, destacamos o Programa de Iniciação à Docência (Pibid/Capes), que é uma iniciativa para o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores para a educação básica, a participação efetiva na construção da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), por iniciativa da Diretoria de Currículos da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação, a parceria com a Associação Sulriograndense de Formação de Profissionais da Educação (Aesufope), o Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS (MCT), entre outros.
Considerando as já mencionadas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica, percebemos alguns sinais de mudança no papel da escola contemporânea. Além da instrução e da formação, é reforçado o objetivo do ‘cuidado’, o que pode trazer algumas implicações para o debate no interior do currículo. As mesmas DCNEB postulam a necessidade de pensar-se em diferentes formas de organização da escola, tendo em vista a diversificação do perfil dos sujeitos envolvidos nessa realidade.: modelos de gestão, desenhos curriculares, metodologias e estratégias didáticas, todos são elementos que potencialmente se abrem a modificações, experiências e inovações, impulsionando o debate tanto no âmbito do PPGEdu (que é compelido a voltar-se cada vez mais para esse campo), no âmbito da formação continuada, instigando a formulação de novas ofertas no lato-sensu, quanto no âmbito da graduação, onde investimos na formação inicial dos profissionais que vão se dirigir para esse campo.
Nesse sentido, se destaca a singularidade da Escola de Humanidades como locus privilegiado do debate sobre diferentes processos implicados na formação de professores, sua prática e seus fundamentos, com destaque para a atuação nas diferentes etapas e modalidades da educação Básica.