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Curso de extensão da PUCRS aprofunda discussão sobre contextos sociais, familiares e midiáticos em torno do tema e seus efeitos
As mulheres vêm cada vez mais ocupando espaços na sociedade e reivindicando acesso à direitos, equidade em cargos de liderança e influência política, passando por reflexões sobre a ressignificação do que é ser mulher e o que é feminino. E esse movimento abre espaço para um debate talvez não tão novo, mas sempre atual, sobre a construção social em torno de quais papéis e comportamentos são considerados e esperados dos homens e das mulheres.
Se você quer entender mais sobre o tema ou aprofundar seu conhecimento, buscar informações, trocar experiências e conhecer outras realidades são boas formas de ampliar sua percepção. No novo curso da PUCRS sobre Masculinidades: cuidado de si e equidade de gênero, você aprenderá abordagens baseadas em contextos sociais, familiares e midiáticos em torno do tema e seus efeitos na saúde mental.
As aulas acontecem por meio de plataforma online, de 13 a 27 de janeiro, das 18h30min às 20h15min. Inscreve-se neste link e confira os todos tópicos abordados em sala de aula.
“Hoje entende-se que há várias formas de se construir enquanto homens. E algumas são muito violentas e pobres em autocuidado – motivo pelo qual homens são mais acometidos por vários agravos de saúde em relação às mulheres”, explica Ângelo Brandelli, coordenador do curso e do grupo de pesquisa sobre Preconceito, vulnerabilidade e processos psicossociais do PPG em Psicologia da PUCRS.
Para Helen Barbosa, professora convidada do curso que pesquisa há oito anos sobre o tema, o cuidado de si e cuidado do outro são questões inseparáveis. “Ou seja, pensar nas relações de gênero e no nosso processo de construção ajuda a entender desejos, sonhos e escolhas de homens e mulheres. Isso produz efeitos na forma como nos relacionamos com as pessoas e, muitas vezes, perdemos a oportunidade de questionar o que nos faz bem, o que causa conflitos e violências, entre outros aspectos”, destaca.
Um estudo da ONU Mulheres, que ouviu mais de 40 mil pessoas, revelou que sete em cada dez homens afirmam terem sido ensinados na infância e na adolescência a não demonstrar fragilidade. O mesmo número lida com distúrbios emocionais, em algum nível.
Em uma edição anterior da pesquisa, 95% das mulheres e 81% dos homens afirmaram que o Brasil é um País machista, e 3% deles se consideram bastante machistas. Segundo a pesquisa da organização, “56,5% gostariam de ter uma relação mais próxima com os amigos, expressando mais afeto, e 54% gostariam de ter mais liberdade para explorar hobbies pouco usuais sem serem julgados”.
Aprenda mais sobre masculinidades e seus impactos